À saúde do hipócrita. À saúde
de seus ademanes de seda,
de suas doces olheiras e suspiros
de amor. É um gato
contornando porcelanas. É um elfo
esquivando-se à esgrima.
Pisa tacos de cera
com a devida cautela.
À saúde do hipócrita: poupa-nos
o espetáculo de suas vísceras.
Poema retirado do livro: Seleção: melhores poemas, p. 79, Ed. Global, 2001.
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