segunda-feira, 28 de maio de 2018

Por quem os sinos dobram?

"Se um torrão de terra for levado pelas águas até o mar, a Europa ficará diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar de teus amigos ou o teu próprio; a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti".

É preciso nos darmos conta de que a humanidade é uma coisa só e que, por isso, a dor de cada ser humano deveria nos afetar, nos diminuir e nos impulsionar para lutarmos pelo bem comum.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Poesia de Fernando Pessoa (ortônimo)



Qualquer música / Fernando Pessoa (ortônimo)

QUALQUER música, ah, qualquer
Logo que me tire da alma
Esta incerteza que quer
Qualquer impossível calma!

Qualquer música  - guitarra,
Viola, harmônio, realejo...
Um canto que se desgarra...
Um sonho em que nada vejo...

Qualquer coisa que não vida!
Jota, fado e confusão
Da última dança vivida...
Que eu não sinta o coração!

Poema retirado do livro: Obra Poética,Volume Único p.81/82, 8.ed, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Do hipócrita / Henriqueta Lisboa

À saúde do hipócrita. À saúde
de seus ademanes de seda,
de suas doces olheiras e suspiros
de amor. É um gato
contornando porcelanas. É um elfo

esquivando-se à esgrima.
Pisa tacos de cera
com a devida cautela.

À saúde do hipócrita: poupa-nos
o espetáculo de suas vísceras.

Poema retirado do livro: Seleção: melhores poemas, p. 79, Ed. Global, 2001.

domingo, 30 de junho de 2013

O amor é grande...

"O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar
O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar
O amor é grande e cabe no breve espaço do beijar."

Maravilhoso Carlos Drummond de Andrade
ppp

domingo, 4 de novembro de 2012

sábado, 4 de agosto de 2012

SER - poema de Heloisa Crosio

SER

"Sou o vento, sou ar,

Sou momento!

Sou a chuva que molha a terra,


Sou a palavra no poema!

Sou magia, eterna fantasia.

Sou o tempo e a hora!

Sou o passado que não volta,


Sou poesia!

Sou saudades ,(dos dias) de outrora!

Sou versos de amor! (ou outro tema...)

Sou magia, eterna fantasia.

Sou poesia!


Sou a paixáo

que incendeia!

Sou da noite, o clarão,


A lua cheia..."



Heloisa Crosio (poetisa de Ribeirão Preto)

do livro: A arte de ser poeta

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Provocações

Quando seu cheiro
me invade
Desperta-me
de tal modo
que numa profusão
absurda
Em plena orgia
dos sentidos despertos
Perco o sentido do eu
e me transmuto
e me transubstancio
e me converto
em nós.