domingo, 9 de agosto de 2009

Para você PAI com muita saudade.

Pai,
Três anos sem você, saiba que continua tendo o nosso carinho e a nossa saudade. O nosso amor continua intacto. As pessoas dizem que o tempo vai apagando as coisas de nossa mente, mas o que percebo em relação a você é que a cada dia você está mais vivo, e, às vezes, acontece algo que deixa você mais presente do que nunca: tal com a lembrança de uma comida de que você gostava, um amigo que encontramos, uma música que ouvimos, uma idéia que, de repente, nos traz a certeza de que você a defenderia até o fim.
Por tudo isso, eu queria dedicar-lhe um poema.
Um poema que traduzisse todo o amor e ternura, algo que pudesse ficar gravado para sempre no coração de cada um, por estar nele traduzido a reciprocidade do amor que vivemos.
Um poema que fosse como uma música, como o doce cantar dos pássaros, como a beleza das flores, como o murmúrio das águas, como o azul do céu, como a grandeza do mar!
Um poema que tivesse a força do calor do sol.
Que encantasse como o perfume das rosas, como a suavidade da brisa...
Um poema que revelasse ao mundo o seu tamanho. Que retratasse a sua figura, que expusesse as contradições de sua alma, a sua luta constante para que a justiça perseverasse – um poema, enfim, que escancarasse a sua humanidade, para que o mundo pudesse entender um pouco mais sobre você e entender o porquê de sua presença ter ficado marcada a ferro na alma de todos que com você conviveu.

Mas, eu não sou poeta, pai! Assim, esse poema não será escrito. Talvez eu nunca consiga expor ao mundo o homem que você foi, mas carrego uma certeza, a certeza de que quem o conheceu e conviveu com você, para quem teve essa alegria, nestes corações você tem o seu exato tamanho e viverá para sempre.

sua filha cleuza